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domingo, 22 de agosto de 2010

Vômito e regurgitação: O que é normal e o que não é

É normal o bebê vomitar?


Nas primeiras semanas, é comum que os bebês vomitem com frequência. Eles ainda estão se acostumando à alimentação, e o sistema digestório deles está em desenvolvimento. O vômito é diferente da regurgitação, aqueles "queijinhos" que voltam em pequenas quantidades. Quando a criança vomita, o volume é bem maior, e é provável que ela chore, porque fica assustada.

O vômito pode ter várias causas: desde o enjôo por andar de carro até a má digestão. Às vezes, uma crise de choro ou de tosse pode acionar o reflexo do vômito. Por isso, prepare-se: nos próximos anos você deve presenciar pelo menos alguns episódios de vômito.

O vômito costuma melhorar entre seis e 24 horas depois do início do sintoma, mesmo sem tratamento. Se o bebê estiver com boa aparência, bem disposto e continuar engordando, não há motivo de preocupação.

Quando preciso me preocupar?

Nos primeiros meses do bebê, os vômitos normalmente são causados por problemas simples, como mamar demais ou muito rápido.
Depois desses primeiros meses, quando a criança vomita, é provável que ela tenha pego algum vírus que cause gastroenterite, embora os vômitos possam também acompanhar infecções no sistema respiratório, infecções urinárias ou até otites (há crianças que vomitam quando têm febre ou quando tomam remédios, por exemplo).
Em casos raros, os vômitos podem indicar uma doença mais grave. Veja quais são os sinais de alerta:
• forte dor abdominal

• barriga inchada

• prostração ou irritabilidade acentuada

• convulsões

• vômitos repetidos, que deixam a criança exausta, ou que persistem por mais de 24 horas
• sinais de desidratação, como boca seca, ausência de lágrimas, afundamento da moleira, diminuição da quantidade de urina (molhar menos que seis fraldas por dia)

• presença de sangue ou bile (uma substância verde ou amarelada) no vômito

Se houver só um pouquinho de sangue no vômito, não é preciso se apavorar. O motivo pode ser o rompimento de vasinhos sanguíneos no esôfago, por causa do estresse da regurgitação forçada. O vômito também pode ter sangue se o bebê tiver engolido-o de um machucado na boca ou se tiver tido um sangramento nasal nas últimas seis horas. Se você tiver dado gelatina vermelha para o bebê, ela pode parecer sangue no vômito ou nas fezes, por isso antes de se assustar tente lembrar o que ele comeu nas últimas horas.

Outro motivo comum para a presença de sangue no vômito ou na regurgitação do bebê é que ele tenha ingerido o sangue que saiu do peito rachado da mãe. Nesse caso não é preciso se preocupar.

Caso a quantidade de sangue no vômito aumente ou persista, fale com o pediatra. Às vezes vale até a pena guardar um pouco do vômito para mostrar a ele. A presença de bile verde pode indicar um bloqueio intestinal, um problema grave.
• vômito persistente e em jato em recém-nascido, até meia hora depois de mamar

Esse pode ser um sinal de estenose hipertrófica do piloro, um problema raro que aparece quando o bebê tem poucas semanas, mas que pode surgir a qualquer momento até que a criança tenha 4 meses. O bebê vomita porque o músculo que controla a válvula entre o estômago e o intestino fica aumentada, e não abre o suficiente para deixar o alimento passar. O problema exige uma cirurgia simples, mas precisa de atendimento médico imediato.

Tente não se desesperar a cada episódio de vômito. Acontece com toda criança em algum momento, e normalmente não é nada de grave -- tirando a trabalheira de lavar toda a roupa de cama, ou o tapete, ou o sofá, ou sua blusa novinha... Você vai acabar se acostumando. E é mais um motivo para, quando sair com o bebê, colocar na bolsa, além de uma troca de roupa para ele, uma troca de blusa para você.
Algumas crianças são mais "vomitadeiras" que outras. Se você tem um desses, vale a pena deixar um kit de emergência a postos, principalmente no carro: saco plástico, toalha e um pote vazio de sorvete, por exemplo, para minimizar o prejuízo.

Para tratar o refluxo, medidas práticas podem ser úteis. Há casos, porém, em que é preciso entrar com medicamentos. Os procinéticos, por exemplo, aceleram o peristaltismo (movimento de expansão e contração do esfíncter inferior), enquanto os antiácidos neutralizam a secreção de sucos digestivos no estômago.
- Troque a fralda antes da mamada. Ou espere que a digestão se complete para fazê-lo. Agitar o bebê, seja trocando-o, brincando ou passeando com ele após a refeição, aumenta o risco de o leite voltar do estômago para o esôfago - e aí é incômodo e choro na certa.

- Estômago muito cheio é sinônimo de refluxo, já que o esfíncter ainda não funciona tão bem. O jeito, então, é fracionar a dieta, ou seja, oferecer menor quantidade de leite e distribuir a cota diária ao longo do dia, em várias pequenas refeições.
- Na hora da mamada, coloque o bebê em posição mais vertical. Assim a possibilidade de o alimento voltar é bem menor do que seria se você o mantivesse deitado.
- Experimente deixar o berço inclinado num ângulo de 30 graus, com o bebê deitado do lado esquerdo. A mudança favorece o deslocamento da bolha gástrica do estômago para perto do esôfago. Assim, forma-se uma barreira de ar que dificulta o refluxo. São medidas simples que podem garantir um sono tranqüilo.

Um comentário:

  1. Achei muito boas as informações contidas mesta página.Minha filha tem 2 meses é amamentada com leite materno e 60 mg de Nan AR, mas algumas vezes ela vomita, o que me deixa bastante preocupada.Tenho que amamentá-la a cada 1 hr e meia, 60 mg em uma chuquinha.
    Será que ela tem algum problema ?
    Meu email é marcelinaferraz@hotmail.com, aguardo uma resposta, pois a pediatra já está preocupada, pois ela perdeu peso, nasceu com 3.325 kg, saiu do hospital com 3.097 e até com 7 semanas ela pesava 2.800, o que me deixa apavorada.
    Por favor me ajudem.
    Obrigada

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